Os vícios posturais são posições desalinhadas que adotamos como hábito e que desrespeitam o posicionamento adequado das nossas articulações. Tais vícios costumam ser bem evidentes em crianças e adolescentes em idade escolar; naquele jeitinho despojado de sentar sobre uma das pernas, ou bem “largadão” na cadeira com os quadris escorregando do assento e coluna desapoiada do encosto, ou ainda no “charme” de sentar de lado na carteira da escola. Também podem ser observados nas inúmeras posições que adotamos para assistir à TV, ou em várias outras situações de nossa vida ocupacional. O problema ocorre quando o uso dessas posições se torna um hábito corriqueiro que aos poucos vai moldando nosso corpo de maneira desequilibrada e prejudicial. O corpo reforça tais padrões inadequados para o sistema nervoso central. Manter uma postura ideal vai lentamente se tornando um esforço com grande gasto energético e nos sentimos cansados na tentativa de aprumar o corpo. As estruturas músculo-esqueléticas vão se adaptando à posição desalinhada e como consequência vão surgindo encurtamentos musculares, estresse ligamentar, capsular e articular, compressão nervosa e uma série de outros problemas posturais e patologias. Desta forma, os cuidados com a postura tornam-se aspecto indispensável para uma boa saúde, e devem ser adotados o quanto antes, na infância e adolescência, e nunca abandonados na idade adulta. É importante que os pais fiquem atentos aos sinais de dor e/ou “má postura” de seus filhos e façam um acompanhamento de educação postural na fase de crescimento. Um corpo que se desenvolve e se estabelece com um bom alinhamento terá menor probabilidade de desenvolver problemas de coluna e outros na vide adulta. Os cuidados com um bom alinhamento contribuem não apenas para a estética corporal mas também para nossa qualidade de vida, evitando a degeneração das estruturas músculo- esquelética, dores, inflamações e disfunções biomecânicas. A intervenção terapêutica postural pode ser