viagem
O naturalista Charles Darwin fez uma viagem que durou quatro anos e nove meses como objetivo de mapear a costa da América do Sul. Ele não foi convidado para procurar e coletar os materiais, mas sim para fazer companhia ao capitão da embarcação, que buscava uma pessoa com quem pudesse conversar durante a viagem. O navio utilizado tinha o nome de HMS Beagle, em referência à raça de cães.
A rota do Beagle começou na Inglaterra no dia 10 de fevereiro de 1831 e teve cerca de 20 paradas. Passou pelo Brasil - em Salvador e Rio de Janeiro -, depois foi para o Uruguai, Montevidéu, Argentina, Patagônia no Chile e Ilha Galápagos, que pertence ao Equador. Em seguida foi para o Haiti, passou pela Nova Zelândia, Austrália e África. Depois desse percurso, ele retornou à Bahia e seguiu para a Inglaterra. Nessa jornada Darwin viu que há muita diversidade de meio ambiente e que cada lugar tem suas características, tanto na vegetação, quanto na fauna e flora.
A viagem do Beagle durou quatro anos e nove meses, dois terços dos quais Darwin esteve em terra firme. Darwin estudou uma grande variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Coletou metodicamente diversos espécimes, muitos dos quais novos para a ciência. Isto estabeleceu sua reputação como naturalista e fez dele um dos precursores do campo da ecologia, particularmente a noção de biocenose. Suas anotações detalhadas mostraram seu dom para a teorização, formando a base para seus trabalhos posteriores, fornecendo visões sociais, políticas e antropológicas sobre as regiões visitadas.
Durante a viagem Darwin leu o livro "Princípios da Geologia" de Charles Lyell, que descrevia características geológicas como resultado de processos graduais ocorrendo ao longo de grandes períodos de tempo. Ele escreveu para casa que via formações naturais como se através dos olhos de Lyell: degraus planos de