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Nas Sagradas Escrituras a temática do crer também foi explorada. Há inclusive uma pequena contenda sobre esse tema em alguns livros. Tiago, que teve uma função marcante na comunidade de Jerusalém, diz: “A fé, sem obras é morta” (conf.: Tg2, 14.). Já Paulo escrevendo aos romanos e em outras diversas passagens defende que a salvação se dá por graça de Deus, mediante a fé. (conf.: Rm1,17 e Rm3,22). Hoje, essa discussão se dá por superada, pois se nos consideramos salvos pelo gesto redentor de Jesus, precisamos revelar essa graça por meio de nossas obras.
Os textos bíblicos da Ressurreição foram redigidos uns 60, 70 anos após a crucificação de Jesus. Justamente para acalentar o coração das Comunidades que estavam aflitas com a presença não mais física de Jesus. Ou seja, certamente quando foram escritos estes textos a 1ª e 2ª geração de discípulos já tinha partido, as testemunhas oculares da pessoa do Cristo não se encontravam mais na Comunidade.
Dessa forma, aqueles relatos que chegavam às primeiras comunidades cristãs espalhadas pelo vasto Império romano era a garantia mais preciosa de que o Messias nazareno estava vivo. Nesse sentido, essas comunidades foram impelidas a registrar tais descrições. Na verdade, os textos da Ressurreição são textos de reverência e não têm a pretensão de narrar como aconteceram os fatos. Dessa forma, a importância maior desses relatos é de transmitir àqueles que aderiam à fé e também aos futuros discípulos, que a presença de Jesus será na forma que não mais precisarão do exercício óptico para percebê-lo, mas é na Palavra meditada, comungada e na presença dos demais irmãos que Ele será “visto”. Assim, essa mensagem