vegetação de praia
Escola Nacional de Botânica Tropical
Área de Concentração: Ecologia em Ecossistemas Neotropicais
Candidato: Antonio Janilson Castelo Sousa
Orientador: João Marcelo Alvarenga Braga
1. Introdução As comunidades halófila-psamófilas são formações predominantemente herbáceas que ocorrem nas faixas de praia e ante-dunas, ou em depressões alagáveis, eventualmente atingidas pelas marés altas (Silva, 1999). Estas plantas são adaptadas às rigorosas condições físicas e ambientais (Araujo et al., 2009), estando submetidas a alta salinidade e a instabilidade e falta de nutrientes do substrato arenoso (Arruda et al., 2009), além de tolerarem a ação dos ventos e das ondas (Thomaz & Monteiro, 1994). Sobre a florística e o panorama geral do estado de conservação das restingas no Rio de Janeiro, Araujo & Maciel (1998) demonstraram que nem sempre há uma relação direta entre grandes áreas com um aumento da riqueza de espécies. Além disso, um projeto governamental, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, instituiu o Projeto Orla, que tem como objetivo o disciplinamento de uso e ocupação da zona costeira, com vistas para a gestão socioambiental do litoral brasileiro (MMA & MP, 2002). Considerando-se a importância de conhecer e conservar as restingas do Rio de Janeiro, em especial a vegetação de praia e ante-dunas, este estudo pretende responder as seguintes questões: 1) A riqueza e a estrutura da vegetação halófila-psamófila difere entre as restingas? 2) Qual a capacidade de resistência e regeneração da comunidade após um distúrbio (e.g. maré)? 3) Qual o estado de conservação da vegetação nativa ao longo da faixa de praia e ante-dunas do Rio de Janeiro?
2. Objetivos Os objetivos gerais deste projeto são: (1) caracterizar a composição, estrutura e similaridade florística da vegetação halófila-psamófila do litoral do Rio de Janeiro; (2) analisar a capacidade de