Manejo de Bacias Hidrográficas
1. INTRODUÇÃO
Atualmente há um crescimento populacional extremamente desordenado, ocorrendo assim uma utilização não racional do solo e água. Esse crescimento pode trazer como consequência uma maior demanda por alimentos, aumentando a pressão de terras, e causando a exploração de áreas inapropriadas (MIGUEL, 2010). Com isso, o solo pode ter sua capacidade produtiva comprometida, o que leva a necessidade de se ter conhecimento das relações entre os fatores que causam as perdas de solo e contaminação da água e os que permitem reduzi-las (NÓBREGA et al, 2005; MORETI et al, 2003).
Além disso, os fenômenos erosivos associados à perda de solo na área de uma bacia hidrográfica causam problemas de ordem ambiental e socioeconômica devido à cobertura do solo de forma desordenada, reduzindo a fertilidade dos solos, aumentando o assoreamento de cursos de água, as enchentes, voçorocas, entre outros (VIEIRA, 2008). O uso indiscriminado do solo e da água sem a mínima preocupação com a conservação e manejo das bacias hidrográficas faz com que áreas produtivas se degradem a ponto de atingir estágios irreversíveis. Na grande maioria dos estados brasileiros se constata grandes perdas de solo, tornando-se este um dos principais problemas relacionados aos recursos naturais.
Na bacia hidrográfica do Rio Batatais é possível acompanhar as mudanças introduzidas pelo homem ao longo do tempo e, desta forma, aferir se o modo de apropriação e ocupação do espaço podem gerar impactos ambientais negativos. A instalação de atividades pecuárias nesta bacia hidrográfica, como áreas de pastagens, lagos e estábulos para búfalos leiteiros, demandam recursos naturais e novos espaços para ampliação da produção, podendo gerar agravamento da degradação ambiental se não for acompanhada de um manejo adequado. Sendo assim, para ter eficiência na distribuição dessas atividades produtivas na área, será necessário um