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Introdução

A cozinha francesa, com seus sabores sofisticados e técnicas requintadas, continua encantando não só apreciadores de paladar refinado, como também grande parte dos chefes da atualidade. No entanto, poucas pessoas sabem que sua origem foi muito influenciada pela cozinha italiana. A diversidade de pratos e a imensa quantidade de ingredientes – legumes, verduras, ervas aromáticas, especiarias e embutidos, queijos, pães e vinhos, contribuíram para a formação de uma cozinha elaborada e generosa. Tal riqueza possibilitou a formação de uma culinária nacional e o estabelecimento de diversos padrões regionais de cozinha com personalidade própria.

A França é um universo gastronômico quase inesgotável, das carnes aos peixes, dos vinhos aos laticínios, dos legumes às frutas. Para os franceses, cozinhar faz parte da cultura. Culinária e boa comida são muito apreciada. Os franceses são orgulhosos da culinária de seu país, e alguns, sobretudo as gerações mais velhas, relutam em experimentar pratos estrangeiros.

Historicamente, a cozinha Francesa é considerada referência para as demais cozinhas do mundo. A França conquistou essa posição quando consagrou a figura do cousinier, depois conhecido como chef de coisinier – chef de cozinha – como o integrante mais importante a serviço da realeza, do nobre, ou do financier (os novos ricos da época), na segunda metade do século XVIII. A partir desse momento, a cozinha começa a mudar, passa de um estilo artesanal básico, que valoriza a abundância de comida e a sobreposição exagerada de sabores e especiarias a uma arte de profissionais, que competiam para inovar e conceber receitas.

As primeiras receitas foram de molhos e fundos de cozinhas (caldos concentrados e a base para outros molhos). Logo, as sobremesas conquistaram o seu lugar.

O fato de o açúcar, um artigo de luxo da Europa, até século XVIII, ter começado a chegar em peso e a baixos custos à cozinha, procedente das colônias, foi fundamental para