Vaso de Alabastro
Esses vasos eram frascos de gargalo comprido, feitos de material delicado e translúcido. O poeta José de Alencar chegou a compará-lo com o brilho do diamante em seu romance "Senhora". O alabastro é um gesso branco, finíssimo, mais suave do que o mármore. Nele eram colocados unguentos e perfumes preciosos. A maior parte era proveniente da cidade de Damasco, na Síria. Todas as famílias compravam um vaso desses quando uma de suas moças ia se casar, ele fazia parte do dote, e dentro dele colocavam óleos e perfumes preciosos. Quanto mais abastada a família, mais alto o valor desse vaso e seu conteúdo. Quando a moça era pedida em casamento, deveria quebrar o vaso aos pés do noivo, com isso ela honrava seu futuro marido. Entre os perfumes mais preciosos estava o Nardo, proveniente de Tarso, na Cilicia. A cidade de Tarso, também forneceria outro “perfume” preciosíssimo para Cristo: Paulo.
Aquele vaso deveria ser belíssimo para carregar uma quantidade tão grande de um perfume tão maravilhoso. E maior ainda foi o seu privilégio de ser oferecido ao mais excelente dos noivos.
Comparo aquele vaso aos corações humanos. São guardados em seu interior perfumes caríssimos e óleos de alto valor, alguns raros. São sonhos, desejos, perfumes da essência humana guardado em um vaso de alabastro esperando apenas o momento de honrar o “noivo”. Mas aos pés de que noivo esses vasos tem sido quebrados? Será que eles saciam o desejo do coração? Ficamos anos a espera desse noivo e deixamos de adorar extravagantemente e sem pretensão ao Noivo dos noivos, até entrarmos em um desespero imenso