Amor estravagante
• Dali a dois dias, era a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam.
• Pois diziam: Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.
• Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus.
• Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo?
• Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela.
• Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo.
• Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes.
• Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura.
• Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua.
Esse é um momento muito difícil para Jesus. Ele esta sendo duramente hostilizado pela cúpula religiosa da sua nação – Sacerdotes e Escribas, gente que trama em segredo a prisão e a morte de Jesus. E ele sabe disso. Então, surge esse jantar na mesa de Simão, o leproso (na verdade, ex-leproso, porque um leproso mesmo não teria essa condição de viver em sociedade). O evangelista João nos informa que Lázaro, Marta e Maria estavam presentes. Eles eram grandes amigos de Jesus e estar com eles, era um refrigério para o Mestre. Tudo parecia encaminhar-se para um final de ceia como muitos Jesus havia participado. Mas alguém naquela tarde notou algo diferente em Jesus. Marcos diz que Jesus estava ‘reclinado’ à mesa – isso quer dizer que Jesus estava descansando mesmo, talvez tivesse tido um exaustivo dia, havia tomado a refeição e estava quase deitado como era o costume. Mas naquele