Variedades linguisticas
Avaliando a problemática da relação aluno X professor X escola, o prof. Hamilton Werneck, afirma: ”Ensinamos demais e os alunos aprendem cada vez menos! Aprendem menos porque os assuntos são a cada dia mais desinteressantes”. O tom crítico usado por ele encerra, com soluções construtivas, uma série de enfoques sempre abordados e dificilmente enfrentados por aqueles que se interessam pela educação, sua evolução e seus problemas correlatos.
Segundo Werneck (1998:12), a “Escola” é hoje uma instituição que não evolui e impede ao máximo os avanços. Impede até mesmo os atos do “Pensar”, pela ânsia de atingir os objetivos de repetir, e guarda em seus muros as cicatrizes da “Reação” e da “Conservação” (p. 12).
Na tentativa de explicar o porquê de aprenderem cada vez menos, podemos sugerir que os assuntos abordados pela escola são, muitas vezes, desinteressantes e desligados da realidade dos fatos e os objetivos propostos distantes da realidade vivida pelos alunos. Obrigamos nossos alunos a se debruçarem sobre assuntos tão complexos e sem necessidade, que a consciência por vezes fica pesada, quando nos deparamos com a quantidade absurda de “cultura inútil” que “enfiamos” em suas cabeças.
Por ensinarmos tanto sobre inutilidades, não há tempo para um aprofundamento qualitativo, o que é muito mais importante para o amadurecimento do indivíduo, durante sua caminhada pela vida. Assim, se o aluno for obrigado a memorizar quantidades enormes de conteúdos, à medida que o tempo passar, ele esquecerá logo o que aprendeu e nada ficará registrado em sua mente. Ficará registrado, apenas, o método que ele continuará usando para aprender por conta própria, quando necessário.
O que o aluno jamais esquece é o processo de organização de um trabalho intelectual ou técnico e não aquela grande quantidade de conhecimento puramente memorizada, tais como listas de nomes de presidentes da república, nomes de rios ou lagos, fórmulas