variação linguística
Leandro Mascarenhas da SILVA1 (FINAV)
Eliane Aparecida MIQUELETTI2 (FINAV/UEMS)
RESUMO: Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida em trabalho de conclusão do curso de Letras, nas Faculdades Integradas de Naviraí (FINAV). O estudo objetivou analisar a escolha de vocábulos, pelos internos da penitenciária de segurança máxima de Naviraí, para nominar objetos usados no dia-a-dia, tendo em vista as variações lexicais e semânticas.
Tomou-se como embasamento teórico, sobretudo as orientações da Sociolinguística. O corpus constituiu-se dos resultados de questionário aplicado aos detentos. As análises apontaram para o fato de que a variação não ocorre de forma caótica e desestruturada, a linguagem é suscetível à influência do meio e que o detento usa da variação para construir mundos, para se identificar.
PALAVRAS-CHAVE: Variação Linguística; Sociolinguística; Variação Lexical; Variação
Semântica.
Introdução
Este artigo apresenta discussões realizadas em pesquisa sistematizada no trabalho de conclusão do curso de Letras, realizado nas Faculdades Integradas de Naviraí (FINAV), em
2010, pelo aluno Leandro Mascarenhas da Silva, orientado pela professora Eliane Aparecida
Miqueletti. O objetivo da monografia foi o de analisar o vocabulário de internos da penitenciária de segurança máxima de Naviraí, o nominar objetos usados no dia-a-dia, tendo em vista as variações utilizadas, ancorando-se nas bases da Sociolinguística.
A escolha por essa temática levou em consideração o fato de que o pesquisador
Leandro ser funcionário da penitenciária e observar, diariamente, a maneira como os presos se comunicam, as particularidades desse núcleo linguístico. Buscou-se a linguagem usada pelos internos, para nomear objetos de seu meio social, para tentar reforçar a ideia de surgimento das variações linguísticas por influência do