Variação da Concordância Verbal
ADOLESCENTES USAM, OU NÃO, CONCORDAR SUJEITO E VERBO?
Eliane Vitorino de Moura Oliveira (PG-UEL) liaoliver@bol.com.br INTRODUÇÃO Já na tenra idade, o indivíduo começa a utilizar a língua por meio da fala para interagir com os seus pares, e o faz utilizando a variedade presente no meio em que vive. A criança nota os adultos conversando e apropria-se desta forma de comunicação da maneira como observou. Com um pouco mais de idade, inicia-se no mundo letrado e passa a interagir também por meio da escrita.
A interação do indivíduo com a sociedade acontece por intermédio da linguagem, mas, para que se dê eficientemente, faz-se necessário que haja, par parte do indivíduo, um ajuste da língua de acordo com a variedade presente na comunidade em que está inserido.
Faraco (1999) alega que “grupos sociais se distinguem pelas formas de língua que lhes são de uso comum.” e aponta que “o senso de pertencimento inclui o uso da forma de falar característica das práticas e expectativas linguísticas do grupo.” (FARACO, 2004, p. 38).
De acordo com Aguilera (2008), “a atitude linguística assumida pelo falante implica a noção de identidade, que se pode definir como a característica ou o conjunto de características que permitem diferenciar um grupo de outro, uma etnia de outra, um povo de outro.” (AGUILERA, 2008, P.105-106).
É na adolescência que se observa, com maior ênfase, essa capacidade de ajustamento da língua ao contexto e a necessidade de estabelecimento em um grupo, uma vez que, em um momento da vida em que passa por intensas modificações, o adolescente busca por afirmação e utiliza, com maior rigor, a língua para constituir seu espaço na sociedade e, de forma acentuada, integrar-se numa facção.
Dentro deste entendimento, optamos por pesquisar a linguagem dos adolescentes que buscam, por meio de sua forma de expressão, a imposição e a demarcação de seu espaço dentro da sociedade regional, observando a forma como utilizam a