A concordânia verbal nas redações
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Análise da concordância verbal em redações de vestibularSilvânia Oliveira da Silva1
RESUMO: Este trabalho apresenta a análise da variação na concordância verbal em redações de vestibulares, dos anos de 2003 e 2004, das FAIR ― Faculdades Integradas de Rondonópolis, sob a luz da Teoria da
Sociolingüística Variacionista. Objetivando constatar a alternância entre a presença de marca explícita plural nos verbos versus a sua ausência e considerando que a escolha de uma ou de outra forma é condicionada por fatores internos e externos, as variáveis lingüísticas foram devidamente controladas e seus resultados ressaltam a influência de aspectos tais como: marcas formais de número do núcleo do sujeito e do(s) Sintagma(s)
Preposicionado(s) adjacente(s) a ele, tipo de sujeito explícito ou zero e saliência fônica. Quanto às variáveis sociais, foram controladas as que fazem referência ao gênero do falante: masculino e feminino e à rede de ensino: pública e privada. A metodologia utilizada foi a análise quantitativa dos dados coletados à luz da
Sociolingüística Laboviana, o pacote VARBRUL foi utilizado no tratamento estatísticos dos dados.
PALAVRAS-CHAVE: Variação; Concordância verbal; Sociolingüística.
Introdução
O objetivo central deste trabalho foi o estudo de um fenômeno lingüístico de natureza variável. O fenômeno pesquisado foi a sistematicidade da variação na concordância verbo/sujeito da oração, na modalidade da língua escrita, em redações de vestibular, de escolas públicas e privadas da cidade de Rondonópolis, Mato Grosso, região Centro-Oeste, sob a perspectiva da análise variacionista. Em termos mais específicos, pretendeu-se focalizar a alternância entre a presença de marca explícita de plural nos verbos versus a sua ausência, considerando que a escolha de uma ou de outra forma é condicionada por fatores diversos, sejam eles internos à estrutura da língua – morfológicos, sintáticos e/ou semânticos, ou extralingüísticos – inerentes ao