VAP
Tal noção se baseia no emprego da burocracia como um modelo atrativo de administração porque ela parece ser a abordagem mais eficiente para manter a ordem e a previsibilidade do comportamento humano dentro das organizações, uma vez que a mesma está pautada no racionalismo, ou seja, na adequação dos meios como forma de garantir os objetivos finais desejados com a máxima eficiência possível.
De acordo com Ramos (1989) a burocracia é uma das manifestações da lógica de mercado, a qual se apresenta com um dos mais atrativos modelos para o desenvolvimento da capacidade produtiva de uma nação, além de colaborar de forma considerável para a escalada do processo de formação de capital.
Esta mesma lógica, conforme abordado por Motta e Pereira (1991), pode ser empregada com relação ao Estado, uma vez que o alcance do sucesso por uma nação, caracterizado pelo progresso, estaria pautado na capacidade desta nação de organizar a atividade humana para formação da nação, para a criação de exércitos, para propagação de ideologias e religiões, ou então para levar o desenvolvimento econômico adiante, subentendendo-se como organização a utilização de técnicas racionais, ou burocráticas.
Desta forma, verifica-se a plena identificação da organização burocrática com o Estado, tendo sido descoberta por este muito antes das organizações privadas. A finalidade do Estado é a burocracia e a finalidade da burocracia acaba por se transformar também em finalidade do Estado. O Estado é propriedade da burocracia (TRAGTENBERG, 1992).
A existência de normas e técnicas que regulam o