Vanádio de Maracás
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIA
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA E GEOFÍSICA APLICADA
VANÁDIO E EGP DE MARACÁS
AMANDA BARRETO SOARES
Salvador – BA
2014
1. INTRODUÇÃO
Em junho de 1979 a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral implantou incialmente um projeto de mapeamento geológico regional, seguido por vários outros mais detalhados, visando à pesquisa mineral onde se encontra localizado a Faixa Contendas-Mirante. Três anos depois foi realizado o programa de prospecção denominado Projeto Rio Jacaré que evidenciou pela primeira vez as mineralizações vanadíferas no vale do Rio Jacaré. Em 1986 foi constituída a empresa Vanádio de Maracás Ltda. (VMSA), através de um acordo selado pela CBPM e a Pedreiras Valéria (PEVAL). Ao passar desses 32 anos, foram adicionadas ao projeto as fases de exploração e viabilidade econômica do depósito, incluindo estudos geofísicos e geológicos, prospecção, sondagens, estimativa de recursos, estudos petrográficos, metalúrgicos, viabilidade de mina e análise econômica. Esses estudos têm progressivamente avançado o conhecimento do depósito Gulçari A, o qual será alvo desse trabalho, uma vez que se mostrou mais viável economicamente e possui maiores informações quanto as suas características.
A CBPM descobriu e avaliou as reservas de quatro depósitos de vanádio, com ferro e titânio associados, tipificados como corpos maciços de magnetita titano-vanadífera, encaixados no sill estratificado gabróico do Rio Jacaré, no Município de Maracás, situado na parte centro leste da Bahia, a 400 km a leste de Salvador. A reserva global desses depósitos avaliados pela CBPM totaliza 18 milhões de toneladas de minério, com um teor médio de 1,2% de V2O5. Nesses depósitos foram também detectados intervalos anômalos em platina (Pt) e paládio (Pd). Os valores mais expressivos foram detectados nos magnetititos do depósito denominado “Gulçari A”, onde as feições anômalas de platina e paládio são relativamente