Vantagem Competitiva e sua Relação com o Desempenho – uma Abordagem Baseada em Valor
Para representar o objetivo essencial da gestão estratégica, a vantagem competitiva é a principal hipótese para justificar o desempenho elevado das empresas.
No entanto, esta vantagem está sujeita a diferentes interpretações, o que consequentemente gera dificuldade de mensuração do conceito.
Nos estudos de estratégia, a análise da lucratividade e dos índices de rentabilidade revela apenas o domínio da apropriação de valor pela empresa, definido pelos limites de valor de troca ou preço justo. O intervalo da criação de valor inclui os limites de valor de uso, nas fronteiras de disposição a pagar e custo de oportunidade.
A possibilidade de uma empresa se destacar frente ao mercado pode ser identificada no modelo teórico de competição monopolística de Chamberlin (1933). Inicialmente, o termo aparece eventualmente. Ansoff (1965, p.93) se refere a ele como uma “posição concorrencial” vantajosa obtida pelo ajuste de produtos a mercados.
No livro de Michael Porter (1985), vantagem competitiva, consagra o emprego do termo entre consultores e acadêmicos. A vantagem competitiva assume uma posição central no pensamento estratégico como principal objetivo de pesquisa (Reed & DeFillippi, 1990).
Em relação a definição de valor, segundo as principais teorias, é gerado nos processos de transformação dos recursos na cadeia de valor (Barney, 1991; Bowman & Ambrosini, 2000; Porter, 1985), envolvendo vários atores ao longo da cadeia (Dyer & Singh, 1998). Existem ainda dois momentos diferentes: a criação de valor e apropriação de valor.
Brandenburger e Stuart (1996) definem o domínio da criação de valor pela empresa como a diferença entre o custo de oportunidade do fornecedor e a disposição a pagar pelo cliente. O custo de oportunidade é dado como o valor mínimo pelo qual o fornecedor está disposto a vender seus produtos e serviços. Isso dependerá das circunstâncias de