Valores Urbanos E Fam Lia
Pedro Arruda Junior
Graduado em Direito pelo CESA (Centro de Estudos Superiores Aprendiz), Extensão em História do Direito pela FDUL (Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) e pós-graduado em Ciências Penais pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
Sirlene Cristina Aliane
Graduada em Filosofia e Pós-Graduada em Filosofia pela UFSJ (Universidade Federal de São João Del-Rei) e Mestre em Educação pelo CES (Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora).
A noção de valores remonta à Filosofia da Antigüidade clássica, pois, desde essa época, Sócrates (470 a C – 399 a C), Platão (428 a C – 347 a C) e Aristóteles (384 a C – 324 a C) já ressaltavam a importância do ser humano apreender o que é ser virtuoso, desde a infância. Aristóteles reforça ainda mais essa ideia, com o pensamento de que cada pessoa aprende a ser boa ou má, de acordo com a educação familiar e social que recebeu para a formação do futuro cidadão da Polis. A respeito, Reale e Antiseri1 afirmam: “A sabedoria consiste em dirigir bem a vida do homem, ou seja, em deliberar de modo correto acerca daquilo que é bem ou mal para o homem”, e isso explica a tendência negativa de algumas pessoas ou grupos, que tornam o mundo cada vez mais perigoso e difícil de se viver, pois não receberam uma formação adequada na infância. Ainda afirma que a virtude é um hábito, isto é, uma disposição tornada duradoura pela prática constante de atos virtuosos por parte dos membros da comunidade.
Na Época Moderna, Thomas Hobbes (1588 – 1679), Baruch de Spinoza (1632 – 1677) e Immanuel Kant (1724 –1804) pretenderam chegar a uma tábua de virtudes e vícios, partindo de uma única premissa geral. Hobbes denominou as virtudes “leis da natureza”, hierarquizou-as, estabelecendo a questão dos limites e dos valores, entre os cidadãos, para a constituição de uma Nação democrática. Spinoza estudou as