valores organizacional
Para maior compreensão dos valores organizacionais é preciso entender a cultura organizacional visto ser um elemento determinante destes. A cultura organizacional é então conhecida por meio da sua definição, elementos, análise de seu aspecto simbólico, a interferência da cultura nacional sobre a cultura organizacional e a cultura organizacional de instituições públicas. Mas, primeiramente, serão discorridas as causas da variabilidade de abordagens que orientam os estudos da cultura organizacional.
Alvesson (1993, apud FERREIRA E ASSMAR, 1999, p. 02) discorre acerca das pressuposições filosóficas e metateóricas que orientam os estudos da cultura organizacional como a causa mais importante da variabilidade de abordagens. Existem estudos da cultura que se baseiam numa visão objetivista/funcionalista da realidade social e há estudos que se baseiam numa visão subjetivista/interpretativa da realidade. No primeiro caso, o procedimento é nomotético, impor significado a um conjunto de dados, e no segundo caso, o procedimento é êmico, a realidade emerge das relações simbólicas e dos significados que os indivíduos interpõem às relações sociais.
Smircich (1983, apud ALVESSON, 1993 apud FERREIRA E ASSMAR, 1999) distingue a cultura como algo que a organização tem (algo variável) e algo que a organização é (metáfora de raiz). O primeiro caso enfatiza uma perspectiva objetivista, onde a cultura produz traços como valores, normas, rituais, cerimônias e expressões verbais que em conjunto afetam o comportamento dos indivíduos, dando um senso de identidade aos membros da organização, garantindo estabilidade e orientando o comportamento para obter a eficiência. O segundo caso é marcado por uma perspectiva fenomenológica, onde a organização é a cultura, fundamentando-se na Antropologia a cultura é formada pelos aspectos expressivos, ideacionais e simbólicos, que unificam as pessoas e tornam possível a ação compartilhada.
Kopelman, Brief e Guzzo (1990,