VALOR DO SILOGISMO E SOFISMAS
Função essencial da inteligência – é relacionadora: relacionar ideias, formular juízos.
I. SILOGISMO – O silogismo como inferência que é, não tem valor senão em virtude dos juízos que ele compreende. O substancial não está no silogismo, e sim no juízo.
1.1. Críticas ao silogismo:
- O silogismo é considerado uma tautologia (redundância, repetição). Descartes considera o silogismo um puro verbalismo, uma pura tautologia, isto é, uma simples repetição da mesma coisa, sem produzir progresso real para o espírito. Stuart Mill declara-o um processo estéril. É estéril porque a premissa maior já deve conter a conclusão; se desde a primeira proposição já possuímos a conclusão, o resto é inútil, pois a conclusão não pode ensinar-nos nada de novo, nada que ainda não se conheça.
1.2. Em defesa do silogismo:
Leibniz realça o justo valor do silogismo ao afirmar que há nele “uma arte de infalibilidade, contanto que se saiba e se possa servir dele com justeza e proporção, o que nem sempre se consegue.
- Não há dúvida de que a premissa maior contém a conclusão, porém nem sempre os homens veem claramente o conteúdo de uma proposição; sendo necessário esmerilhar este conteúdo.
- Nesse sentido, a conclusão acrescenta algo de “novo” e realiza um progresso no conhecimento, progresso este que consiste em descobrir numa ideia o que nela está contido, mas que não se via imediatamente.
- O silogismo é meio de demonstração. É arma eficiente para descobrir o erro ou desmascarar o sofisma (falácias).
1.3.Silogismo demonstrativo – é o silogismo científico, que pressupõe precisão, rigor e verdade das premissas. Exemplo:
“a distancia dos planetas em relação ao Sol cresce pela ordem crescente de suas posições; a
Terra é o terceiro planeta no sistema solar e Marte é o quarto; logo, Marte está mais distante do Sol do que a Terra.”
1.4. O silogismo argumentativo apresenta seus conceitos de modo mais ou menos difuso sem precisão definida,