vacinação
A aventura da vacinação começou há mais de mil anos.
Já era sabido que quando uma epidemia espalhava o caos, os sobreviventes não contraíam logo a doença. Quando a varíola apareceu na rota da seda, da China para a Turquia, surgiu a ideia de inocular pus retirado de um doente, numa pessoa saudável. Era arriscado, mas ao desenvolver sintomas benignos, a pessoa estava mais bem protegida da infecção fatal.
O que se apelidou de variolização foi importado para o Ocidente no início do século XVIII.
Mas foi só em 1796, que um médico inglês, Edward Jenner, estabeleceu as primeiras bases científicas.
Jenner usou o vírus da varíola bovina, retirado das pústulas de vacas doentes, que inoculava em camponeses ingleses de forma a protegê-los da doença. Utilizou o termo ‘variola vaccinae’, que significa literalmente, varíola das vacas e que mais tarde dariaorigem à palavra vacina.
Esta era a única vacina até chegar Louis Pasteur, 90 anos depois, já no final do século XIX.
Pasteur foi o primeiro a compreender o papel dos microrganismos na transmissão das infecções. Usou processosvariados para atenuar a virulência, isto é, reduzir a infecciosidade dos microrganismos que utilizava para inocular os animais das suas experiências iniciais. Assim, ao provocar uma doença de forma muito atenuada, Pasteur ajudava o animal a defender-se das formas graves dessa doença.
Uma primeira vacina contra a raiva foi testada por Pasteur em 1885, num rapaz mordido por um cão. Foi a primeira pessoa a sobreviver à doença!
Desde o século passado que se registaram desenvolvimentos constantes nas vacinas. No início do séc. XX, foram desenvolvidas vacinas contra doenças infecciosas como a tuberculose, a difteria, o tétano e a febre amarela. Após a 2ª Guerra Mundial, desenvolveram-se vacinas contra apoliomielite, o sarampo, a papeira e a rubéola.
Actualmente existem mais de 50 vacinas em todo o mundo. As várias campanhas de vacinação lançadas em diversas zonas do mundo permitiram a