Vacina
Sabemos que depois de contrair certas doenças- tais como sarampo, a caxumba, a varíola e a catapora-, as pessoas ficam imunes a elas, isto é, não terão essas doenças novamente. Este fato é conhecido há muito tempo, e os médicos antigamente achavam que algumas substâncias se formavam no organismo dos doentes durante a enfermidade, dando-lhes, depois, uma proteção permanente.
Após muitos trabalhos nesse campo, o médico inglês Jenner, em 1796, convenceu-se de que seria possível proteger as pessoas do contágio da varíola, uma grave doença.
Jenner observou que os ordenhadores de vacas portadoras de varíola bovina adquiriam uma forma branda de varíola, que faziam surgirem pústulas nas mãos. Esses indivíduos nunca contraíam a temível varíola humana.
Jenner inoculou então o líquido dessas pústulas em várias pessoas, que assim também se tornaram imunes à varíola. Estava descoberto o processo de imunização pela vacinação, nome proveniente da vaccina, palavra latina derivada de vacca (vaca).
Sabemos hoje que determinadas substâncias estranhas ao nosso corpo, mas presentes em bactérias e vírus, estimulam nosso organismo a produzir substâncias protetoras, que são chamadas anticorpos.
Os anticorpos combatem então as bactérias e os vírus que invadem o organismo, evitando a doença.
Ficou comprovado que os anticorpos podem se formar tanto naturalmente, quando a pessoa fica doente, quanto pela vacinação.
A vacinação consiste, portanto, em inocular no organismo micróbios "enfraquecidos", que não conseguem provocar a doença, ou até mesmo micróbios mortos. Nas duas situações, a imunização em geral vale para toda vida.
Depois de Jenner, Pasteur descobriu na França, em 1884, a vacina contra a hidrofobia (raiva), doença transmitida pelos