Vacina BCG
A vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é utilizada para a prevenção da tuberculose, tendo sido obtida a partir da cultura de um bacilo de tuberculose bovina, em 1906. A partir de 1973, a via oral foi abandonada no Brasil, passando-se à via intradérmica na vacinação rotineira, que utiliza, desde 1925, a amostra conhecida como “BCG Moreau”.
Dose e via de administração
Injeta-se 0,1 ml de suspensão, por via intradérmica, utilizando-se seringa de 1 ml e agulha 0,45 mm x 13 mm, no limite inferior da região deltoideana do braço direito, segundo o Manual de Normas para o Controle da Tuberculose 1 (D).
Eficácia
A análise de artigos de publicações internacionais mostra que o BCG confere cerca de 50% de proteção para todas as formas de tuberculose e que a eficácia é de cerca de 64% para a meningoencefalite tuberculosa e de aproximadamente 78% para a disseminada. A eficácia também varia em função de outros fatores, tais como genéticos, nível socioecônomico, nutricional, diferentes cepas de BCG 2 (D)3 (A). Em nosso país, há evidências de proteção contra meningite tuberculosa em crianças que receberam BCG 4,5 (B).
Idade de vacinação
No Brasil, o BCG é indicado para crianças de 0 a 4 anos, sendo obrigatória para as menores de um ano, de acordo com a Portaria 452 de 06/12/1976, do Ministério da Saúde. Deve-se vacinar o mais precocemente possível, de preferência, logo após o nascimento. Alguns países indicam apenas uma dose, enquanto outros preconizam segunda dose, por ocasião da entrada na escola, se o teste tuberculínico for negativo 6 (D). O Ministério da Saúde recomenda revacinar todas as crianças por volta dos seis anos de idade, independente de ter ou não cicatriz vacinal, mas ainda não há condições operacionais para viabilizar tal norma em termos nacionais. A hipersensibilidade à tuberculina ou PPD, após a vacinação, diminui progressivamente, principalmente após 2 a 5 anos, portanto não seria válido revacinar baseando-se