Vacas magras
Curiosamente, nesse dia você não tem vontade de passear, nem de ir ver as novidades no shopping, nem de ir ao cinema. O que bate é o desespero. Parece que o mundo acabou. De uma hora para outra, você acha que nunca mais vai ter serviço na vida. Vai ter que mudar de profissão. Lá sei eu, vender cachorro quente na esquina, fazer faxina, fazer curso de depilação. Passar a pão com banana, pedir guarida na casa dos pais, coisa assim.
Quando aparece serviço no dia seguinte ao de folga, você se arrepende de ter desesperado e não ter saído para passear. Mas, quando o dia de folga vira uma semana, duas, um mês, dois… Ai!
Um horror! Mesmo que você tenha feito uma boa provisão para os maus momentos, ela sempre parece insuficiente. E, quando se está sem serviço, os maus momentos parecem se multiplicar. É coisa que quebra, é presente de casamento caro a comprar. Não tem jeito.
Fazer o quê?
Não há uma boa solução para esses períodos, uma solução do tipo “faça tal coisa que se resolve”. Há, entretanto, algumas recomendações fundamentais:
Não faça contato com seus clientes perguntando se há alguma coisa para você. Não vai resolver nada. Se houvesse, eles teriam te avisado. Uma possível exceção seria o caso daquele cliente que cansou de tentar uma vaga na nossa agenda. Mesmo assim, todo o cuidado é pouco e a redação tem de ser otimista, do tipo, “finalmente agora tenho condições …” não chorona e lamentosa. Porque se o cliente perceber que você está mal de serviço, vai tentar beber mais uma gota do seu sangue. Quando aparecer alguma coisa, vai dizer algo do tipo “tem aqui um