Utopia.
Em Utopia não há propriedade privada. Tudo é da Sociedade...
Os interesses individuais são permitidos quando concorrem para o bem da Comunidade. As necessidades coletivas predominam e são baseadas numa filosofia do prazer. Os conceitos de prazer e felicidade são essenciais na construção da Utopia. É pensando Em felicidade e prazer que More vai caracterizar o sentido e razão da existência de Utopia. A filosofia de Utopia constrói toda uma lógica da busca pelo prazer, Com muita lucidez, enumera uma hierarquia e classifica os prazeres físicos, intelectuais e espirituais. A ética e a religião também são ligadas à busca pelo prazer e felicidade. O deus dos utopianos seria muito parecido com o cristão, quer que seus crentes busquem o prazer e não prejudiquem ao próximo. Este seria o Deus onipotente, universal. Mas em utopia as pessoas também poderiam seguir outras religiões restritas, e cultos variados, ou seja, o autor defendia idéias de liberdade e tolerância religiosas. Contanto que o culto a esses deuses não firam os princípios básicos da sociedade.
O bem comum, a igualdade, a ausência de orgulho mesquinho e a busca pelo prazer. A felicidade tem de ser pensada coletivamente. um mundo de igualdade não teria sentido se não fosse pensado com o intuito de alcançar a felicidade. Essa busca pelo prazer é o que vai dar uma razão ideológica para essa sociedade igualitária mas rigidamente controlada. O trabalho, assim como a riqueza, deveria ser distribuído igualmente a todos os cidadãos.
A descrição que Thomas More faz da Inglaterra de seu tempo, criticando a necessidade de exploração do camponês, pode ser um instrumento de possível contestação da teoria de Max Weber sobre a origem do capitalismo. More viu na igualdade material a estrutura básica para a sociedade utópica. Teve dificuldades em inserir liberdades individuais nesse universo. Esse mesmo conflito se vê em Admirável Mundo Novo, onde a sociedade ideal seguiu a mesma linha de Thomas More, porém