Utilização de Biofilmes
Ciênc. Tecnol. Aliment. v.19 n.2 Campinas maio/ago. 1999
Utilização de biofilmes na conservação pós-colheita de morango (Fragaria Ananassa Duch) cv IAC Campinas1 C.M. HENRIQUE2, M.P. CEREDA3,*
RESUMO
O presente trabalho objetivou estudar o uso de biofilmes de fécula de mandioca, na conservação pós-colheita de morango, armazenados em condição ambiente (21ºC; 64,5% UR). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com análise de regressão, com 3 repetições, constituindo dos seguintes tratamentos: testemunha, 1, 2, 3, 4 e 5% de revestimento com biofilme de fécula de mandioca. Foram avaliados 540 frutos durante 10 dias, determinado perda de peso, análise sensorial, aspecto visual (cor e textura). Verificou que houve diminuição da perda de peso nos tratamentos com 1, 2 e 3% de biofilme e aumento de textura, prolongando em até 5 vezes a vida pós-colheita dos frutos. Na análise sensorial não foi detectado sabor e aroma estranho em todos os tratamentos.
Palavras-chave: morango, pós-colheita, biofilme, conservação, vida de prateleira.
1 – INTRODUÇÃO
A cultura do morangueiro (Fragaria ananassa Duch) vem desenvolvendo-se rapidamente em várias partes do país. Essa ampla distribuição é devido a fácil adaptação de cultivo, clima e as características da fruta. Entre os responsáveis pela maior parte da produção encontram-se os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul (7).
As cultivares mais plantadas no Brasil são IAC Campinas, Guarani, AGF-80, Sequóia, Princesa Isabel, e Lasse. Recentemente foi introduzido do Japão a cultivar Toyonoka, com alta produtividade e frutos mais doces e a americana Dover, com frutos de maior durabilidade pós-colheita.
As regiões produtoras brasileiras iniciam os plantios durante os meses de março a maio, com a produção de frutos se concentrando principalmente nos meses de junho a novembro [2]. Portanto, o morango comercializado de