USO E ABUSO DE DROGAS Falaremos sobre o uso e o abuso de drogas, considerando as drogas em si, sua classificação e seus efeitos no organismo. Vimos a diferenciação entre experimentação, uso, abuso e dependência de drogas. Podemos observar as pesquisas de dados recentes sobre epidemiologia do uso de substâncias psicotrópicas no Brasil. E finalmente foi feita uma abordagem multidiciplinar sobre o uso do crack. Os efeitos causados pelas drogas, conforme vimos, podem ocasionar três alterações na consciência do indivíduo, podendo deprimir, estimular ou pertubar o sistema nervoso cerebral-SNC, causando alterações diversas no sistema nervoso. É certo que as drogas (exceto as lícitas, ou seja, aquelas usadas por orientação e com supervisão médica) causam efeitos negativos e catastróficos no organismo. Porém a dimensão desses efeitos e dessas consequencias, bem como a pré-disposição para o seu uso, estão diretamente ligados ao contexto social e às experiências de cada um, podendo seu uso apresentar poucos riscos ou assumir padrões altamente prejudiciais, tanto na esfera biológica, psicológica e social. Toda droga pode causar dependência, seja física ou psicológica, até mesmo aquelas consideradas lícitas, quando usadas indiscriminadamente. Contudo, a dependência está diretamente ligada às circunstâncias biológicas do indivíduo, do tipo da substância psicoativa utilizada, da dose e das relações interpessoais. Tanto os efeitos dessas substâncias no organismo, quanto as consequências do seu uso (que são inúmeras essas razões e variam de pessoa para pessoa) dependem do contexto em que é usada e das experiências de cada usuário e não apenas das substância em si. É fundamental que se leve em conta as características do usuário, sua história de vida, o ambiente em que o mesmo vive. Para o operador do direito, diferenciar a experimentação, do uso, do abuso e da dependência de substâncias psicoativas, permite melhor diagnosticar e classificar o quadro clínico, bem como