Uso dos porques
Na língua portuguesa, existem quatro tipos de “porquês”.
Eles são utilizados em ocasiões diferentes, mas é muito fácil se enganar em uma redação.
Veja a diferença entre eles:
Por que (separado sem acento)
Usa-se esta forma para iniciar perguntas:
- Por que fizeste isso?
Podemos trocar o “por que” por “pelo qual motivo”, sem alterar o sentido:
- Pelo qual motivo fizeste isso?
Por que -> pelo qual motivo
Por que você não foi à festa? (por qual razão)
Não sei por que Sebastião não quer almoçar. (por qual motivo)
Sei bem o motivo por que não compareci à reunião. (pelo qual)
Porque (junto sem acento)
Utilizamos esse formato para responder perguntas, exemplo:
- Fiz isso porque era necessário
É possível trocar o “porque” por “pois”, sem alterar o sentido:
- Fiz isso pois era necessário
Porque -> pois
Vou ao supermercado porque preciso comprar alguns mantimentos. (pois)
Não atravesse agora porque o sinal está aberto. (uma vez que)
Por quê (separado com acento)
Utiliza-se o “por quÊ” em final de frases:
- Sabemos que você não compareceu à reunião, por quê?
Vocês não estão mais juntos? Por quê? (por qual motivo)
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro. (por qual razão)
Porquê (junto com acento)
Essa forma é utilizada quando o “porquê” tem função de substantivo:
- Se ele fez isso, teve um porquê (motivo)
- Gostaria de entender o porquê eu tenho que ir
Não sei qual o porquê de tudo isso. (o motivo)
Diga-me um porquê de você não querer ir à aula hoje. (uma razão)
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