Uso da Ocitocina Para ordenha
Prof. Vidal Pedroso de Faria
ESALQ/USP - Piracicaba, SP Para a ordenha mecânica de vacas mestiças sem o bezerro devem ser tomadas medidas a curto e longo prazos, para que o processo seja definitivamente implantado. Em qualquer situação é necessário que a técnica de ordenha seja bem feita, com estimulação da vaca e colocação das teteiras no início da descida do leite. Usa-se oxitocina quando a técnica é mal executada e, na realidade, não existe necessidade, nem justificativa para tal procedimento, que é usado porque a técnica de ordenha mecânica não é bem executada. Na ordenha manual, o estímulo está sempre presente porque a descida do leite só ocorre quando o estímulo se instala pela massagem feita com as mãos na tentativa da ordenha, e então ocorre a liberação de oxitocina naturalmente pela vaca. Na presença do bezerro, a mamada estimula a vaca a secretar a oxitocina, e na ausência do mesmo o estímulo deve ser feito com as mãos, massageando as tetas até a descida do leite, ocasião em que a ordenha deve ser iniciada. Na ordenha mecânica, nem sempre os ordenhadores observam a descida do leite para o início da ordenha e colocam as teteiras em momentos errados e inadequados. A curto prazo, no caso de ordenhas bem executadas, a melhor estratégia é a separação dos bezerros e a verificação do comportamento das vacas. Neste caso, é de se esperar que alguns animais não promovam a descida do leite por que apresentam temperamento muito nervoso, incompatível com o que se espera de uma vaca leiteira. Essas matrizes podem ser mantidas no rebanho com o bezerro, ou então, descartadas. As demais darão leite naturalmente com a ordenha bem feita. Esta estratégia tem sido utilizado com sucesso em varias fazendas, sem uso de oxitocina. Existem vacas zebuínas (Guzerá e Gir no Brasil e Sawival e Sindhi em outros países) que dão leite sem o bezerro e sem uso de oxitocina. A longo prazo deve-se “amansar” as novilhas para que iniciem a