Prós e contras : ocitocina x bezerro ao pé na ordenha
O Brasil é um país tradicionalmente produtor de leite. A pecuária leiteira, atividade inicialmente extrativista, é, atualmente, um dos principais agronegócios do país. Considerando o valor de produção das commodities brasileiras, o leite ocupa o 4º lugar, perdendo para a soja, cana-de-açúcar e o milho (IBGE, 2010).
Leite de boa qualidade é fator primordial para a competitividade e sucesso da produção leiteira. Afinal, é matéria prima para diversos subprodutos industriais importantes para a alimentação humana (DÜRR, 2001). A qualidade do leite é o conjunto de características e/ou serviços que o tornam um produto seguro e adequado para satisfazer as exigências de seus consumidores. Um leite de qualidade é aquele produzido por vacas bem nutridas e sadias, aliados a práticas que permitem a conservação das qualidades nutritivas dessa matéria-prima em todas as fases de sua obtenção e armazenamento (RIBEIRO, 2008). O uso do gado europeu especializado para produção leiteira apresenta limitações como maior susceptibilidade a doenças, estresse térmico e maior exigência alimentar, o que onera a atividade dificultando sua viabilidade econômica. No melhoramento genético dos rebanhos, observa-se maior participação das raças zebuínas na composição dos cruzamentos. Os cruzamentos entre raças europeias e zebuínas têm sido amplamente empregados em virtude da adaptabilidade dos animais resultantes das condições ambientais do Brasil. Contudo, devido à modernização e dinamismo da ordenha, vem obrigando os produtores a descartar a presença do bezerro na sala de ordenha, na expectativa de minimizar os custos e complicações de manejo. Tal fato, aliado a essa incorporação da genética zebuína no rebanho leiteiro brasileiro ocasiona ineficácia na ejeção do leite, com maior acúmulo de leite retido nos ductos e ácinos glandulares.
Essa retenção láctea vem se tornando alvo de estudos, por atribuí-la como