usina nuclear
Diferentemente de Angra 3, que deve ficar pronta em 2015, novas obras não saíram papel.
Gisele Silva e Marina Novaes, do R7 O acidente em Fukushima, no Japão, após um terremoto seguido de tsunami, colocou em xeque os investimentos em usinas nucleares no mundo. No Brasil, até agora, não há qualquer alteração no programa nuclear que, além de Angra 3, no Rio de Janeiro, prevê mais quatro usinas até 2030, duas no Nordeste e duas no Sudeste.
A postura do Brasil contrasta com a de alguns países. Alemanha, Suíça, Israel e Itália, por exemplo, já anunciaram, após Fukushima, que vão repensar seu programa nuclear.
O único recado do Ministério de Minas e Energia, por enquanto, é de que “todas as usinas nucleares brasileiras passarão por testes de segurança, que serão realizados por técnicos da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e da Eletronuclear”.
O ministro Edison Lobão também informou que as obras de Angra 3 não serão interrompidas e que o governo continuará a produzir urânio.
- No momento, vamos fazer uma avaliação, assim como os outros países também estão fazendo.
As obras de Angra 3 devem ser concluídas até 2015 e foram incluídas no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), principal vitrine da área de infraestrutura do governo federal, cujo investimento total chega a R$ 10 bilhões.
Reavaliação
A terceira usina nuclear brasileira abrigará um dos 62 reatores que devem entrar em operação no mundo nos próximos anos, segundo dados da World Nuclear Association. Mas esse número e as mais de 400 usinas nucleares planejadas e propostas ainda podem sofrer um revés dependendo das consequências de Fukushima. Hoje, são 443 operando em 47 países, o que corresponde a 15% de toda a eletricidade produzida no planeta.
Há quem discorde da necessidade de o Brasil investir em usinas nucleares. Para o professor e físico nuclear José Goldemberg, do IEE (Instituto