Usina belo monte
Em meio às discussões ambientais e jurídicas, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) conduziu nesta terça (20) o leilão que irá, enfim, definir o consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no Rio Xingu, no Pará. Em seguida, alguns números e informações acerca da hidrelétrica cujo projeto nasceu em meados dos anos 70, e que renasceu nas pautas do governo com os planos do PAC (Programa de Acerelação do Crescimento). Esta obra será a segunda maior do pacote do governo, ficando atrás apenas da construção do trem-bala que irá ligar São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, até 2015, e cujo valor está orçado em U$11 bilhões.
Localização:
Bacia do rio Xingu, entre os estados do Pará e Mato Grosso. De acordo com a ANEEL, a usina será instalada no município Vitória do Xingu.
Tamanho:
A Usina Belo Monte será a terceira maior do mundo, com capacidade instalada de 11.233,1 Megawatts (MW). Em primeiro está a chinesa Três Gargantas, 22,5mil MW, e em, seguida a Itaipu Binacional, com 14 mil MW.
Geração de Energia:
A capacidade mínima da usina será de 11.233,1 MW, sendo a garantia física de 4.571MW. O Rio Xingu não é um rio de regime perene, o que significa que a vazão da água não é constante, ou seja, a usina irá gerar apenas 40% de sua capacidade total, um aproveitamento 30% menor que a média de outras usinas hidrelétricas brasileiras que operam mais de 3 mil MW.
Tal redução acontecerá temporadas de seca, que duram de 4 a 6 meses, quando a vazão da Belo Monte será de apenas 700 metros cúbicos por segundo (m³/s), entrando em regime de ociosidade e produzirá menos que 3 mil MW. Em períodos de cheia, o volume será de 4 e 8 mil m³/s.
Dados da ANEEL afirmam que, quando operando em plena capacidade, a usina irá atender à uma demanda de uma cidade com 26 milhões de habitantes, o equivalente a região metropolitana de São Paulo.
Quem está na disputa:
O leilão será disputado