Uréia

URÉIA
Introdução:
A uréia é um composto orgânico de fórmula química CO(NH2)2, que, apesar de não-tóxica, pode causar irritação na pele, nos olhos e no trato respiratório, caso a exposição seja prolongada. É caracterizada commo higroscópica, altamente solúvel em água (107,9 g/L a 20 oC) e com certa solubilidade em álcool (50 g/L de etanol). Em temperatura ambiente, é sólida, incolor e inodora. Nos seres vivos, a uréia é excretada pela urina após a decomposição de proteínas na fase final do metabolismo do nitrogênio. É largamente utilizada como fertilizante, por ser uma fonte de nitrogênio, e também é de grande importância como insumo da indústria química.

Figura 01: Amostra de sal de uréia a temperatura ambiente.

Em 1727, a uréia foi descoberta a partir da evaporação da urina pelo cientista alemão Herman Boerhaave, apesar dessa descoberta ser também atribuída ao químico francês Hilaire Rouelle. Já em 1828, o químico alemão Friedrich Wöhler obteve a uréia após aquecimento do isocianato de amônio, NH4CNO. Daí em diante, a teoria da “força vital” pôde ser quebrada, já que foi possível obter um composto orgânico de maneira sintética, e não naturalmente, dentro de organismos vivos vegetais ou animais. Em 1870, o cientista Basarow produziu uréia através da desidratação de carbamato de amônio, aquecendo-o à 130-140 oC, processo este que é a base da produção comercial de uréia hoje em dia. Até que, em 1920, a uréia foi produzida pela primeira vez em escala industrial, por síntese direta, a partir de amônia e dióxido de carbono, sendo provenientes do processo de fabricação da amônia.
2 NH3 + CO2 ↔ [NH4COONH2] ↔ CO(NH2)2 + H2O
A primeira parte do processo em que se forma o carbamato de amônio, ocorre em fase gasosa, sendo as pressões parciais dos reagentes maiores que a pressão encontrada na dissociação desse produto em equilíbrio. Há liberação de calor e a dissociação do carbamato de amônio, se mantida a pressão, aumenta com a temperatura. A