Urbanização Brasileira

A Urbanização brasileira foi uma urbanização "via metropolização", ou seja, o crescimento da população urbana ocorreu concentrado nas cidades e foi repentino. Essas características geraram uma urbanização desordenada, um inchaço urbano.
Com isso, a urbanização desordenada apresenta algumas características e processos, vejamos alguns:
- Segregação sócio-espacial: processo caracterizado pela separação da sociedade no espaço, em regra, em função da diferença de poder aquisitivo (desigualdade social). No Brasil foi muito comum a fomação de áreas nobres (com maior atuação formal do Estado, também chamadas de áreas/cidades formais) e áreas carentes (da atuação do Estado, também chamadas de áreas/cidades informais);
- Gentrificação: formação de áreas "nobres" e elitizadas, nas quais só ocorre o ingresso de pessoas de um determinado segmento social de renda ou autorizdas por elas. Por exemplo, AlphaVille, em São Paulo.
- Periferização (expansão horizontal): processo marcado pelo surgimento de bairros afastados que expandem os limites ocupados da mesma. Normalmente, ocupados por pessoas com menor poder aquisitivo e sem capital para comprar terrenos/residencias nas areas centrais valorizadas.
- Favelização: fenômeno típico da sociedade desigual, na qual a população de menor renda que deseja residir em areas próximas à infra-estrutura central busca uma opção mais barata e que não interesse ao capital imobiliário, normalmente, nas encostas de morros ou nas margens dos rios. São áreas carentes da atuação estatal, sobretudo em infra-estrutura (saneamento, energia, transportes, etc.) e segurança.
- Especulação imobiliária e Verticalização (expansão vertical, construção de prédios): processos marcados pela negociação nos valores de terrenos e residências com intuito de realização de lucro. As grande incorporadoras/construtoras compram o terreno e aguardam o melhor momento para construir e vender, por exemplo, após a construção de uma estação do metrô ou o saneamento da