Universidade e pesquisa
A Universidade exerce várias funções, dentre elas a de produzir conhecimento, de forma a promover o desenvolvimento da cultura, da ciência, da tecnologia e do próprio ser social através do ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (Luckesi, 1995). Não admitimos que ela se transforme numa ilha produtora de conhecimento voltada para si, tendo em vista que os alunos, professores e técnicos são pessoas que vivem contextualizadas num tempo e num espaço onde acontece a educação, a política, a história, a economia. Com todos os problemas advindos da complexidade sociocultural e ambiental. Neste sentido, além de buscar soluções para os problemas presentes por meio da pesquisa, ela deve procurar estar um passo à frente do seu tempo, trabalhando no sentido de traduzir os conhecimentos em qualidade de vida.
Como espaço de produção, reprodução e socialização do conhecimento, o saber nela elaborado é utilizado socialmente em processos econômicos, políticos e culturais ou pelo domínio social e tecnológico de certos segmentos sobre as sociedades e sobre a natureza, daí destacarmos a função científica e social da Universidade. Porém, é na tensão entre sua vocação social e científica que ela se transforma, transformando a sociedade. E é a partir da realidade concreta que podemos considerar os seus atuais desafios.
Segundo Boff (1997), o desafio que se levanta às universidades de forma urgente é a sua contribuição efetiva na construção do Brasil como nação soberana, repensada nos quadros da nova consciência planetária e do destino comum do sistema-terra, sendo co-parteiras de uma cidadania nova, a co-cidadania que articula o cidadão com o estado, o cidadão com o outro, o nacional com o mundial, a cidadania brasileira com a cidadania terrena, ajudando assim a moldar o devenir (sonho, realidade) humano. Buarque (1994) afirma que: “a universidade tem um papel permanente: gerar saber de nível superior para viabilizar o funcionamento da sociedade”. Esse papel se