Universidade Est Cio De S
AV2
Literatura Portuguesa I
Alunos (a): Andreia Oliveira de Alcântara.
Matrícula: 20080212065-5 Dphine Lima Martins
Matrícula: 20080213231-9
Curso: Letras
Professora: Danielle Mendes
Petrópolis- RJ/ 2010
Os Lusíadas- Camões
Canto III
Episódio de Inês de Castro
Dissertação desenvolvida a partir do canto III de Camões (Os Lusíadas) do episódio de Inês de Castro. Análise em forma de resenha sobre essa obra de Literatura Portuguesa.
Os Lusíadas: Episódio de Inês de Castro (Canto III, 118 a 135).
Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana Terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.
Tu, só tu, puro amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa à molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
Do teu Príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fernosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam;
E quanto, enfim, cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria.
De outras belas