UNIVERSIDADE DA REGI O DE JOINVILLE
Departamento de Ciências Biológicas
Substâncias de interesse médico produzidas por Porífera
Daniele Lopes
Erika Patrocinio
Everton da Rocha
DENISE MONIQUE DUBET DA SILVA MOUGA
Resumo
Substancias de interesse médico produzido por poriferas Os poríferos foram importantes recursos econômicos para povos mediterrâneos durante muitos séculos. No início do século XX o mercado de esponjas naturais já se espalhara para várias partes do globo, em especial no Caribe, Atlântico Tropical Ocidental e Mediterrâneo Oriental (principalmente em Cuba, na Flórida e na Grécia), onde as esponjas eram coletadas principalmente para exportação para a Europa. O alto potencial de poríferos como fonte de novos compostos com atividades farmacológicas é bem conhecido. Esponjas foram os primeiros invertebrados marinhos a fornecerem substâncias de interesse médico-farmacológico, o que decorreu de uma longa aplicação na medicina, seja como matriz para embeber-se compostos bioativos, ou seja diretamente como medicamento contra escrófula (uma doença de pele semelhante à micose). No fim dos anos 50, foram isolados dois nucleosídeos da esponja Tectitethya crypta, a espongouridina e a espongotimidina. Estes compostos apresentaram atividade antiviral e foram pioneiros entre os agentes antivirais derivados de nucleosídeos. Dois análogos sintéticos da espongouridina e espongotimidina, a citosina-arabinosídeo (Ara-C) e a adeninaarabinosídeo, (Ara-A), foram introduzidos no mercado de fármacos, o primeiro como agente antitumoral e o segundo como agente antiviral. O Ara-C é produzido sinteticamente e distribuído como Cytosar-U para o tratamento de leucemia aguda não-linfocítica, leucemia crônica mielocítica e leucemia da meninge. O Ara-A é obtido biotecnologicamente, sendo distribuido como Vira-A. Este medicamento é indicado para o tratamento de viroses por Herpes simplex e Herpes zoster. Estes compostos deram origem a toda uma geração de