Agua
Maria Paula Casagrande Marimon*, Ari Roisenberg**, Arthur Nanni***, L˙cia Ayala*
* Professora do Departamento de Geografia/FAED/UDESC, Doutora em GeociÍncias
** Professor do Departamento de Petrologia e Mineralogia da UFRGS, Doutor em GeociÍncias
*** GeÛlogo da Fepam/RS, Doutor em GeociÍncias
RESUMO
A fluorose dent·ria È uma anomalia do desenvolvimento dos dentes ocorre por ingest„o prolongada de fl˙or durante o perÌodo de formaÁ„o dos dentes e maturaÁ„o do esmalte. A fluorose Ûssea constitui-se no caso mais severo onde ocorrem deformaÁıes Ûsseas, por enfraquecimento do tecido dos ossos, e È determinado pela ingest„o de ·guas, em perÌodos prolongados, com elevado conte˙do de fluoreto (acima de 4 mg/L). A aplicaÁ„o de fl˙or constitui um dos marcos mais importantes da histÛria da odontologia pela sua ineg·vel propriedade anti-cariogÍnica. Por isso, vem sendo utilizada como mÈtodo eficaz, na prevenÁ„o e controle da doenÁa c·rie dent·ria, em distintas formas: na fluoretaÁ„o das ·guas de abastecimento p˙blico; adicionado ao sal de cozinha; prescrito em gotas; em aplicaÁıes tÛpicas de gel; verniz ou soluÁıes; em programas comunit·rios de bochechos; nos dentifrÌcios; entre outros. PorÈm s„o estudados e conhecidos seus efeitos adversos quando sua ingest„o atinge nÌveis de toxicidade crÙnica ou aguda, quando se desenvolve a fluorose.
Os resultados do Levantamento das CondiÁıes de Sa˙de Bucal da PopulaÁ„o Brasileira ñ SB Brasil, concluÌdo em 2003 apontaram uma prevalÍncia de fluorose dent·ria na regi„o Sul e Sudeste em torno de 12% para a idade de 12 anos, os maiores Ìndices encontrados no Brasil. A fluorose dent·ria tem sido relacionada ao consumo de ·guas com alto conte˙do em fluoreto (acima de 1,5 mg/L). Em locais onde as ·guas de abastecimento p˙blico s„o fluoretadas dentro dos padrıes recomendados pelo MinistÈrio da Sa˙de (Portaria 518/2004-MS) contribuem ainda na