Unidades de Conservação na Amazonia
Com o intuito de dar diretrizes comuns às esferas nacionais, estaduais e municipais de administração, a gestão das unidades tem como principal instrumento o Roteiro Metodológico de Planejamento. Este exige que o plano de manejo deve ser composto por seis seções: a contextualização da UC no cenário estadual, federal e internacional (quando couber); uma análise detalhada da região ao entorno, e dentro, da unidade de conservação, considerando-se um enfoque ecossistêmico e viabilizando a participação social.
Até 1984, a maioria das UC eram ocupadas pelo grupo de Proteção Integral. A tendência se reverteu a partir de 1990, gradativamente, até o período de 2003 a 2006, quando ouve um boom na criação de UCs devido a esforços dos governos federal e estaduais do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. As principais razões foram a necessidade da ordenação do território e o combate ao desmatamento ilegal devido a grilagem de terras, a proteção de regiões com alto valor biológico e a demanda das populações tradicionais e de produção florestal sustentável. No censo de 2010, foram contabilizadas 307 UCs (1.174.258, 23,5% da Amazônia Legal): 64% de uso sustentável e 34% de proteção integral, sendo 132 administradas pela esfera federal e 175 pela esfera estadual. Porém, as unidades federais contabilizam 610.510 km² enquanto as estaduais somavam 593.748 km². Detalhando a porção estadual, o Pará possui a maior extensão de UCs, com 403.155 km², porém o Amapá possui a maior proporção (62.1%). O motivo do aumento de UCs sustentáveis foram a viabilidade do uso econômico dos seus recursos (maior liberdade comparado à uma UC de proteção integral); e a criação de florestas nacionais e estaduais, iniciativa governamental para viabilizar a exploração madeireira ordenada.