Unidade de polícia pacificadora
A Unidade Policial Pacificadora ‐ UPP, a iniciativa visa expulsar os grupos criminosos que detêm o controle social dos espaços favelados e, a partir dessa ação, garantir a soberania estatal. A incapacidade ( ou desinteresse) das forças de segurança do Estado para garantir, historicamente, uma presença regular nesses territórios permitiu que alguns grupos armados construíssem um processo privado de regulação do espaço público; reprimissem os crimes contra o patrimônio dos moradores locais e afirmassem o monopólio do direito de matar. Desse modo, eles se legitimaram como os ordenadores das práticas coletivas locais. Esse é o contexto e cenário que as forças de segurança, através das Unidades Policiais
Pacificadoras, vêm buscando superar.
A UPP é a expressão da ordem do poder estatal, do poder policial, o sentimento de que a paz se faz presente, tendo em vista a eliminação da lógica do confronto que a própria polícia alimentava e da disputa territorial por grupos inimigos. A eliminação do armamento ostensivo é outro fator que auxilia no sentimento de pacificação, do mesmo modo que a ampliação do direito de ir e vir dos moradores.
De fato, a ocupação policial permite que os moradores das favelas tenham acesso a um direito básico para o seu cotidiano: a segurança de que não terão o seu cotidiano invadido pela presença da morte súbita; pela violência contra suas casas e pelo poder autoritário de um criminoso. Diante do exposto, fica evidenciada a importância das UPPs no cenário político e social. Ela abre possibilidade para um novo caminho nas relações estabelecidas entre as forças estatais e amplos setores da cidade com os territórios favelados.
Apesar de todos os esforços na tentativa de exterminar a dominação dos traficantes nas favelas ao redor do país, de nada adiantará se não houver o compartilhamento com outras iniciativas socioeconômica. Pois não basta somente combater a violência e o crime organizado colocando as UPPs (Unidade de