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Unidade III
5 A CRISE DO SÉCULO XIX
5.1 O que são estruturas de mercado?
Para que se possa entender a crise do capital, primeiramente torna-se necessário compreender de que forma os mais variados mercados foram construídos ou, do ponto de vista teórico, explicados.
Afinal, o que vem a ser mercado?
Mercado é um local de encontro entre alguém que oferece algo para outro alguém que desse algo necessita. Assim, mercado é um local de trocas: trocas de produtos, de serviços, de informações. Podemos pensar, por exemplo, no mercado de trabalho. O trabalho aqui já foi definido como um fator de produção; como fator primordial de produção de que as empresas necessitam e um fator primordial de produção para que a sociedade possa obter renda. O mercado de trabalho é constituído por ofertantes de força de trabalho – mão de obra – e demandantes de tal fator. Como as empresas necessitam do trabalho para por em prática seu processo produtivo, ofertam vagas para que sejam preenchidas pelas famílias que oferecem às empresas a sua riqueza, o trabalho. Assim, de forma conduzida pela mão invisível, conforme explicado por Adam Smith, as empresas e as famílias se encontram em tal mercado. Mas, onde se dá tal encontro? Não necessariamente em um espaço ou local específico. Portanto, entende-se por mercado um local imaginário onde são efetuadas tais trocas. Outro exemplo é o mercado de crédito. Ele é constituído por agentes superavitários, ou seja, poupadores, que colocam à disposição dos bancos um volume de moeda para que seja emprestada a deficitários. Tais agentes necessitados de moeda recorrem ao mercado de crédito para obter esse recurso. Esse mercado é mais visível, pois é percebido nas atividades dos bancos e das sociedades de crédito. Podemos ainda classificar os mais diversos mercados em concentrados e não concentrados. Faremos isso para melhor entender como se dá o padrão de concorrência entre empresas. É nesse âmbito que entra a discussão sobre estruturas de mercado para