Una escola
Leia esta resenha.
Um matador em busca de salvação
Ultimato Bourne é a terceira e melhor aventura do agente que mata para descobrir a razão de existir
O filme Ultimato Bourne, que estreia em 24 de agosto no Brasil, representa uma exceção neste ano de terceiras partes rotineiras das séries-franquia. Ao contrário de Homem-aranha 3, Sherek Terceiro e companhia, o longa-metragem estrelado por Matt Damon se revela mais surpreendente que os anteriores, Identidade Bourne (2002), com direção de Doug Liman, e Supremacia Bourne (2004), de Paul Greengrass. As aventuras planetárias do ex-agente secreto Bourne (Damon) à cata da identidade perdida – enquanto é caçado pela CIA – ganham densidade de filme a filme, e a continuação tem razão de ser, além de aproveitar a inércia das bilheterias. Ultimato Bourne já coleciona arrecadações respeitáveis. Com apenas duas semanas em cartaz no mundo, cobriu o orçamento da produção da Universal Pictures, de US$ 110 milhões. Em geral, qualidade e quantidade não andam de mãos dadas em Hollywood. Na trilogia Bourne, como está sendo chamada, a bilheteria milionária resulta de um triller de espionagem que envolve o espectador sem subestimar sua inteligência. São três motivos que distinguem Bourne das séries do gênero: as atuações realistas, o método de filmagem rápido com produção barata e coerência de roteiro.
Diferentemente da antiga linhagem de 007, a de Bourne relega armas mirabolantes e sexo ao segundo patamar. As companheiras do herói – Marie (Franka Potente) nos dois primeiros filmes e Nicky Parsons (Julia Stiles) no novo – são bonitas, mas não agem como bonecas, e sim como mulheres decididas. Damon é hoje o astro de maior prestígio em Hollywood. Seucachê é de US$ 10 milhões por filme – e cada dólar que ganha gera aos estúdios o retorno de US$ 29, segundo a Forbes. Ele pode protagonizar filmes cerebrais ou brilhar em lutas e correrias de perseguição,