Uma visão da historia da loucura
Primeiramente, é necessário se levantar uma questão acerca da loucura. A loucura realmente existe? De qual forma ela é encarada? Ela é um fato social, cultural, econômico? Analisadas essas questões, e com base na obra “Historia da Loucura na idade clássica.”, de Michel Foucault, pretendo por este trabalho, responder a esses questionamentos. O louco, inicialmente era visto como qualquer individuo que tivesse um comportamento desviante, ou qualquer outra característica que não influenciasse no encaminhamento da sociedade. Ou seja, os doentes mentais, leprosos, idosos, aleijados, enfim, sujeitos que não produziam e não consumiam na sociedade capitalista que começava a imperar. Visto desta forma, a questão da loucura passa a se formar, demonstrando que todo e qualquer sujeito que não contribuísse para o andamento da sociedade deveria ser excluído da mesma.
E como se da essa exclusão, com a criação dos Hospitais Gerais, instituições criadas para a internalização dos ditos “loucos”.
“Trata-se de recolher, alojar, alimentar aqueles que se apresentam de espontânea vontade ou aqueles que para lá são encaminhados pela autoridade, real ou judiciária.” (FOUCAULT, 1999)
A loucura passa a ser então banida da sociedade, e escondida, uma sujeira que deve ser posta debaixo do tapete, mas desta forma, não deixa de ser um problema, que continua a incomodar. Desta forma, é possível de se perceber, que os Hospitais Gerais foram criados com o intuito não de realmente tratar desses indivíduos, mas sim, escondê-los para que assim pudesse se tornar uma mentira mais aceitável. Por fim, é possível de se analisar, que a loucura, foi criada como uma forma de justificativa, para os indivíduos que não auxiliavam diretamente no crescimento da sociedade, uma desculpa para colocar uma venda nos olhos da sociedade capitalista, que não comporta um espaço para indivíduos que não consomem ou produzem. “Na