Uma proposta de leitura - Breves Filho - resumo
O capítulo cinco do livro Pelos túneis do texto: tecendo uma proposta de leitura (1996) inicia-se com um breve texto de Lionel Bellenger sobre a leitura, em que diz que esta deve ser prazerosa pois causa prazer ao leitor. Mais adiante, Breves Filho introduz que o objetivo de seu texto é apresentar um programa de leitura, levando em consideração a noção de leitura e a concepção escolar de leitura que ele, também, irá apresentar. Dentre as inúmeras concepções de leitura já apresentadas, todas podem ser sumarizadas em duas: uma decodificação dos signos linguísticos e um processo de compreensão do texto tendo como base o conhecimento de mundo do leitor. Contudo, conceber a noção de leitura dentre essas dois apontamentos é um equívoco, porque não é possível dissociar a decodificação e a compressão de um texto. Sendo assim, a leitor passa a ter uma função ativa nos objetivos do texto, pois é justamente ele quem o decodifica e compreende. Tendo em vista esta relação, isso não garante que a solução de outro grande problema: a interpretação do texto. Para resolver este problema é preciso, no entanto, é preciso analisar o ensino da leitura dentro das escolas. As escolas, por sua vez, apresentam aos alunos (e leitores e formação) frases descontextualizadas limitando o processo de leitura como uma simples decodificação de signos. Sendo assim, seria o dever da escola (por intermédio do professor) fazer com que o aluno compreenda o que foi decodificado. Mas não é o que acontece. Muitas vezes depois de decodificado, as práticas escolares inibem sua compreensão. Pra reverter essa situação é preciso pensar, antes de mais nada, nas necessidades do aluno: se o objetivo é que percebam as regras ortográficas e/ou os sinais de pontuação, a leitura em voz alta é a melhor opção; entretanto, se o objetivo é a compreensão do texto, a leitura silenciosa precedida ou seguida pela explicação do professor terá um resultado