Uma Perspectiva sobre a corrupção
A Grécia, mais precisamente Atenas foi o berço da divisão setorial e hierárquica na administração pública, da forma que concebemos hoje. Roma “modernizou” tal prática e pretendeu manter um serviço público eficiente, suficientemente capaz de atender à demanda social-administrativa do governo. Os servidores públicos de Roma foram os grandes protagonistas dessa mazela, haja vista a exigência de uma espécie de dízimo além do que era pago como tributos pelos que produziam. Esta quantia deveria ser paga de forma sistemática, como se fosse uma gratificação institucional. Para desfrutar de um repouso, por exemplo, bastava o subordinado comprar tal direito, ofertando a seu superior um valor que o mesmo julgasse suficiente para liquidar a questão.
A corrupção era uma prática comum, tão comum que acabou se tornando um modismo, algo esperado por quem adentrasse ou precisasse do serviço público. Existia, inclusive, tabelamento de preços dos atos sujeitos à corrupção. Cícero, grande orador ao discursar contra a corrupção que varava o senado romano pronunciou sua célebre frase: “Oh tempos, oh costumes!”, neste momento começou a ser destruído uma tentativa de golpe de estado contra a República.
Não poderíamos deixa de mencionar que foi em Roma que surgiram os livros contábeis e a obrigação do governo prestar contas de suas receitas e gastos, bem como, os diários oficiais, cuja finalidade, dentre outras, era controlar os gastos e as atitudes tirânicas dos governadores.
No Brasil a corrupção chegou com os navegantes europeus que