A Escritura Como Palavra de Deus
A Escritura como Palavra de Deus
Durante muito tempo os cristãos do mundo todo recebiam e aceitavam a Bíblia como a Palavra inspirada e infalível de Deus. Mas com o advento do movimento Iluminista que surgiu na segunda metade do século XVII, a verdade até então incontestável de que a Bíblia era a Palavra Deus passou a ser questionada. Muitos estudiosos influenciados por pressupostos racionalistas começaram a tratar a Bíblia como um livro de religião qualquer.
Não demorou muito, até que alguns estudiosos passaram a anunciar a descoberta de supostos erros na Bíblia. Em meio aos ataques movidos contra a Escritura, alguns teólogos que reconheciam sua importância para a vida da igreja saíram em sua defesa. O primeiro deles foi o teólogo suíço Karl Barth, o qual formulou a tese de que a Bíblia não era, mas se tornava a Palavra de Deus. Barth admitia a existência de muitos erros na Bíblia, porém, acreditava que Deus se valia desse registro humano, para por meio dele, chegar aos homens.
Outro que saiu em defesa da Bíblia foi o teólogo Emil Brunner, que inicialmente esteve associado a Barth, mas seguiu seu próprio caminho na teologia. Brunner dizia que o valor da Bíblia estava no fato de que ela possuía um status privilegiado por ser a primeira testemunha da revelação de Deus em Cristo. Aos poucos, as posições de Barth e Brunner foram ganhando aceitação na academia teológica, e hoje, com poucas diferenças, formam a compreensão dominante sobre a Bíblia de muitos teólogos e instituições de ensino teológico.
No entanto, ressaltamos que as posições de Barth e Brunner não prestam verdadeiro tributo as Escrituras. Elas não servem como defesa da Bíblia, pois não consideram a Bíblia como ela de fato é – a Palavra de Deus. Por esta razão, nosso objetivo neste artigo é defender a posição de que a Bíblia é a palavra infalível e autoritativa de Deus. Mas antes, pretendemos passar em revista as perspectivas de Karl Barth e Emil