UMA PEQUENA PERSPECTIVA HISTORICA SOBRE A VOZ DA CRIANÇA PARTINDO DA VISÃO DO ADULTO
ESCOLA NORMAL SUPERIOR – ENS
5° PERIODO – MATUTINO – PEDAGOGIA
PROFª KELLY SOUZA
UMA PEQUENA PERSPECTIVA HISTORICA SOBRE A VOZ DA
CRIANÇA PARTINDO DA VISÃO DO ADULTO
Cristiane Freitas
A relação entre sociedade, escola e infância precisou de certo tempo para que fosse aceita nas pesquisas e pudessem ser analisadas compreendendo a criança como sujeito histórico e de direitos, partindo dos registros das falas das crianças. No entanto, somente a partir do século XIX é que se começa a surgir uma preocupação com as mesmas e, mesmo tendo se tornado um problema social a partir deste século, não foi motivo suficiente para ter se tornado questão de investigação cientifica.
Nos tempos antigos não havia separações ou demarcações de estágios, ou seja, havia uma relatividade igual para todas as idades, como o próprio Luiz XVI rei da
França, e ainda existia o fato de que algumas pessoas não conseguiam sair da infância, e neste caso como diz alguns estudiosos „ não significa negar a existência biológica destes indivíduos, mas reconhecer que antes do século XVI, a consciência social não admite a existência autônoma da infância‟. Nisto podemos perceber que os padrões culturais mudam e influenciam nosso modo de ser, percebendo que a infância pode ser longa para alguns e curta para outros.
Tanto as crianças como os adultos compartilhavam e dividiam os mesmo ambientes, durante a Idade Media não havia divisões de atividades ou lugares, trabalhos ou festas, isto porque como afirma Aries „ não havia o sentimento de infância‟.
Foi somente no século XVII que os adultos começaram a demonstrar uma preocupação com a criança, enxergando-a como um ser dependente, foi então que a palavra infância passa a ser conhecida como a idade da necessidade de proteção. Foi com Rousseau que a criança passa a ser vista de outro modo, segundo ele, a educação infantil não deveria ser realizada de modo rígido e Durkheim foi quem buscou