Uma nova escala de produção
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, assim a contabilidade ficou cada vez mais necessária nas indústrias, e em qualquer tipo de negócio, buscou também alternativas para melhorar a produção de mercadorias. O aumento da população foi um dos fatores que fizeram crescer ainda mais a demanda de produtos, assim maiores vendas.
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. A máquina a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção. Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (Maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos. Com todos esses avanços tornaram prementes exames contábeis das experiências financeiras das empresas e um entendimento mais abrangente dos diversos aspectos relacionados às atividades de uma organização. No século XVIII, surgiram obras de excelente qualidade, como a de Edmond Degranges, que buscou classificar a natureza do fenômeno contábil e foi o maior difusor do pensamento das cinco contas gerais: Mercadorias, Caixa, Efeitos a receber, Efeitos a Pagar e Lucros e Perdas.
As indústrias fabris funcionavam com uma precariedade muito grande, com péssimas condições aos funcionários, onde foi tendo uma evolução na administração para adequar melhores condições às classes trabalhadoras. A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente,