nova teoria
Até o final da década de setenta, os desdobramentos da investigação teórica do fenômeno da integração econômica estiveram subordinados ao referencial analítico desenvolvido no âmbito da teoria convencional do comércio internacional, dominado pelos paradigmas microeconômicos de concorrência perfeita e retornos decrescentes de escala. O fluxo de comércio entre os países refletiria a existência de diferenças tecnológicas ou na dotação de fatores, o que estimularia a especialização produtiva nos bens em que os custos de produção fossem relativamente mais baixos (Ricardo [1817] e Ohlin [1933]). Nessas condições, as vantagens comparativas (custos relativos de produção) determinariam as pautas de exportação e importação dos países e, conseqüentemente, o padrão de inserção das economias no comércio internacional. A instituição de áreas de livre comércio ou de uniões aduaneiras não afeta as vantagens comparativas estabelecidas, representando apenas uma “etapa” em direção ao estabelecimento do regime de livre comércio. Neste sentido, segundo o paradigma de Viner, o objeto da teoria das uniões aduaneiras é a análise dos custos e benefícios da integração econômica tendo por base a avaliação da substituição do regime de autarquia pelo acesso preferencial (e recíproco) a determinado mercado, bem como de seus impactos sobre a alocação doméstica de recursos e sobre os fluxos de comércio entre países associados e não associados.
Os novos rumos tomados pela teoria da organização industrial a partir de princípios da década de oitenta alteraram de forma substancial os fundamentos dos modelos de comércio internacional e, de maneira direta, afetaram as reflexões teóricas a respeito do fenômeno da integração econômica. Os modelos de comércio passam a incorporar as hipóteses de retornos crescentes de escala26 e diferenciação de produto. Esses fatores definem uma nova relação entre estrutura de mercado e padrão de