Neil Smith
Produção da natureza e produção do espaço são momentos articulados do processo geral do modo de produção capitalista.
E assim como acontece com o conceito de natureza, uma compreensão real do espaço é dificultada pelo conjunto de significados generalizados que informam o senso comum pela ideologia.
A natureza e o lugar são os elementos básicos que dão coerência à existência e às relações sociais, tanto em sua dimensão material quanto simbólica. Não há distinção entre espaço físico e espaço social. E não existe uma conceituação abstrata do espaço, deixando claro que há um caráter histórico-lógico do argumento da progressiva abstração do conceito de espaço.
O espaço geográfico pode ser definido como um meio de produção, mas não só isso.
A natureza molda o homem, pois pode modificar o modo de ação do mesmo (o homem deverá se adaptar à natureza de acordo como ela se apresenta. Por exemplo, mudar sua moradia de acordo com a localização de um rio)
Natureza externa é diferente de homem, pois o homem explora recursos naturais e tenta dominar a natureza (como a agricultura, por exemplo). Em uma fábrica, o homem tem a mesma função utilitária e pragmática que a natureza, pois é visto como um instrumento para um fim específico. Assim, o trabalho é a transformação que o homem fez na natureza para seu benefício proprio.
Há um desequilíbrio entre produção e consumo. O unico objetivo de uma economia no sistema capitalista é a obtenção de lucro e a concentração deste nas mãos de um pequeno grupo de grandes capitalistas. Cada capitalista privado desenvolve a sua produção de acordo a obter grandes lucros: o que lhe interessa exclusivamente são os preços do mercado. Se o preço dos produtos lhe garante um lucro desejável, então aumenta a sua produção face ao aumento do consumo, e por outro lado, através de diversas medidas de mercado, com a ajuda de outros capitalistas