Uma mudança de mentalidade
O raciocínio sistêmico estuda o todo, um conjunto de inter-relações que geram um resultado. Estamos rodeados de problemas que não conseguimos assimilar, como por exemplo, os “colapsos sistêmicos” como o aquecimento do planeta, buracos na camada de ozônio, trafico de drogas, problemas que não possuem uma simples causa local. Pensar em uma maneira “sistêmica” nada mais é do que ver as partes para ver o todo.
Podemos citar um exemplo, a corrida armamentista, de um lado havia os Estados Unidos, do outro a União Soviética. O lado americano apresentava um sistema disposto da seguinte forma. As armas soviéticas resultavam em ameaça aos americanos que para fazer frente a essa ameaça tinham que aumentar o seu estoque de armas de guerra. Os soviéticos tinham a mesma visão do inimigo, ou seja, que as armas americanas resultavam em ameaça aos soviéticos, que resultava na necessidade de aumentar seu estoque bélico para fazer frente a ameaça americana.
Do ponto de vista sistêmico, a corrida armamentista é um ciclo de agressão sem fim. Pois um país tenta conter o outro com mais armas. Já do ponto de vista de cada país, ambos atingem seus objetivos em curto prazo, respondendo ao que acham ser uma ameaça a segurança do país. Todos esses esforços para conseguir mais segurança a sua nação acaba gerando um efeito contrário.
Entretanto fica a questão, porque nenhum dos lados conseguiu elaborar uma verdadeira visão sistêmica. A resposta é que as técnicas e instrumentos adotados são uteis para cuidar de uma complexidade que possui diversas variáveis, a complexidade de detalhes, quando a real situação apresentava complexidade dinâmica onde causa e efeito são sutis e os efeitos em longo prazo não se apresentam de forma óbvia. Quando determinada ação produz efeitos completamente distintos a curto e longo prazo, é indicio de que há complexidade dinâmica.
Grande parte das pessoas entende que “raciocínio sistêmico” significa tratar complexidade