Uma leitura de Nação e Consciência Nacional de Benedict Anderson
As definições apresentadas para nação nos fazem refletir sobre a verdadeira face do nacionalismo e do espírito comunitário que envolve a todos os filhos de uma nação. Perceber a nação como uma comunidade imaginada nos leva a concluir que tudo que pensamos a respeito de um espírito nacional é criado pela cultura, no sentido amplo da palavra, que envolve aqueles que tem em comum uma única coisa: o lugar natal.
Não obstante, vemos que os limites também se aplicam a esse imaginário ideal de força e nacionalismo puro. Como o próprio autor comenta, mesmo a maior das nações possui limites. Isso, de alguma forma, determina o que é nação e o que está fora dela. Leva-nos a pensar que por mais que tenhamos muito em comum com o que é estrangeiro, ele não será jamais igual a mim, no eu diz respeito à identidade.
Essa maneira de observar a nação é uma auto explicação para a ideia de defesa e superioridade de uma pátria para outra e que esse laço torna os vínculos universais limitados e a união difícil, mesmo com tanto em comum. Afinal, todos são constituídos de um mesmo produto biológico, independente do documento de nascimento. Uma leitura de “A Forma Nação: História e Ideologia” de Etienne Balibar
A afirmação de que toda nação é fruto do processo de colonização, passiva ou ativamente, nos remete a acreditar que o ideal de nação comporta em si uma superioridade diante do diferente e ao mesmo tempo um sentimento de pertença e admiração.
O nome comum e as tradições vividas pelo coletivo são expressões externas desse sentimento nacional que envolve todos os seus membros e que afeta de forma eficaz a vida de cada indivíduo na sociedade. Um exemplo é o Brasil. A todo o momento criticamos a política, a sociedade brasileira, a história vivenciada por nossos antepassados, mas de maneira alguma, admitimos que um estrangeiro fale mal ou critique a nossa nação. Isso porque nos identificamos a nação como parte